quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Ele é Inocente.

Parei. Ele havia me ignorado?

Passei tanto tempo sentindo pena dele, daquela situação toda, 'ó, pobre garoto! ele precisa de ajuda!'.
Mas lá estava ele, ignorando a minha existência. Disse que me amava, eis o motivo do afastamento, não estava bem, precisava de minha ausência no momento. Contou-me aquela ladainha como se fosse algo natural, com seu olhar contraditório de superioridade e gratidão, como se tivesse pena de dizer aquelas palavras.
'Eu gosto muito de você, sinto muito por não parecer isso.'
Engraçado! Já escutei essa frase umas zilhões de vezes! 'Gosto de você, mas não sei demonstrar, então cometo as piores ações por eu ser assim inocente, não sei o que é o amor'.
Como assim, porra? Gosta tanto que ignora? Gosta tanto que se afasta? Porque toda essa hipocrisia, caralho? Será que existe alguma placa na minha cara escrito: Eu sou otária?

Meu caro, enquanto você chegou, eu já fui e voltei.
Sua putaria não me fascina mais.

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